Sabia que…

31.01.2022 | Destaque, Sabia que...? | 0 comments

O bolo designado como pão de ló não é propriamente uma invenção portuguesa?

Por toda a Europa existem receitas muito semelhantes ao pão de ló português. São exemplos disso o sponge cake inglês, o pan di spagna italiano, o génoise francês, ou o pan de Espana sefardita, apenas para citar alguns dos mais conhecidos.

Dada a longa história com Espanha, acredita-se que esta receita tenha sido introduzida em Portugal pelos seus vizinhos, algures pelo século XVI, em plena época renascentista. Há, até, referências ao “pão de Espanha” ou “pão de Castela”, portanto não será de estranhar que esta teoria corresponda à realidade dos factos.

É no livro de cozinha da Infanta D. Maria (1538 – 1577) que surge a primeira referência literária ao pão de ló em Portugal. De destacar, no entanto, que a receita apontada era ainda muito distante da atual. Nem sequer se podia considerar um bolo, mas sim um doce de amêndoa.

O pão de ló é um doce muito apreciado, não só pelo seu sabor, mas também pela simplicidade da receita, já que leva apenas ovos, açúcar, farinha e uma pitada de fermento. Existem muitas variações e detalhes que alguns pasteleiros adotam e que fazem toda a diferença, mas, grosso modo, basta bater o açúcar, os ovos e as gemas de ovo até obter uma mistura bastante cremosa. Adiciona-se a farinha e o fermento em pó e bate-se até ficar uma mistura cremosa e homogénea. Deita-se a massa na forma de bolos e leva-se ao forno cerca de 35 minutos.

Em Portugal, existem versões modificadas da receita de pão de ló que se tornaram símbolos dessas regiões, como o de Alfeizerão, o de Ovar, o de Guimarães, o de Margaride (Felgueiras) e o de Arouca.

Cátia Rodrigues

Cátia Rodrigues

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